terça-feira, 19 de julho de 2011

PROLOGO-Caminhando ao final



Não preciso de muita coisa para fazer que se cumpra meu destino, imagino o espanto de alguma força superior, ao qual foi responsável por traçar esta bagatela vida, estou a ponto de acabar com sua brincadeira infame.
O ultimo som, um ritmo continuo, denso, esparso por uma banheira branca. Imagino que uma vez, já deixei a vida através do fogo, bom foi o que me disse uma fez uma cigana a mim, que fui queimado numa fogueira como uma bruxa, depois ela me roubou. Mas bem, agora e justificável eu me abster pela água.
Alias isso me faz vir à mente um poema de um escritor americano, citado em vários romances atuais, Robert Frost:
Alguns dizem que o mundo,
Acabara em fogo,
Outros dizem em gelo.
Pelo que provei do desejo
Fico com quem prefere o fogo.
Mas, se tivesse de perecer.
Duas vezes, acho que conheço.
O bastante do ódio
Para saber que a ruína pelo gelo,
Também seria ótima
E bastaria!”
Antes que eu me entregue ao abraço silento da morte, quero que seja informada de que você deu o golpe fatal na minha existência, mas sei que isso não vai lhe abrandar,mas talvez te leve a uma unção.
O som se extingue, e o desejo me toma, e chegada à hora de alcançar a lume no meio da escuridão.
Deito-me no leito ao qual escolho para me esvalecer, e com uma pedra jogada na água, eu afundo, caminhando a morte.

Um comentário:

  1. então não foi por nenhum dos dois
    nem fogo nem água mas pelo que mais mata
    a própria vida
    o mundo é uma grande piada

    gostei deste blog tmb ,nice!!!

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