quinta-feira, 21 de julho de 2011

Elíseos negros

“ Você deve estar se perguntando, se eu estou morto, como você pode estar lendo isso?..., bem , continuem  lendo que o tempo lhe darão as respostas”.
Fui acordado pelo vento..., sabia que ao despertar seria para algo que não compreenderia, mas que seria melhor do que o infausto da minha vida. Ao pouco que meus olhos se abriam, se via o esplandeceste amarelo, parecido com enxofre, que se estendia léguas.
Agora que posso abri-los por completo, vejo as negras nuvens que sufocam todo o céu, e também a assombrosa vegetação que completa todo o ambiente que minha visão se estende.
Para meu espanto, apesar de estar morto, em algum local, que para meu vislumbre parece ser mais o inferno que o céu, nada mudou em mim, nem a lembrança das magoas.
Às vezes me afogo em pensamentos, deve ser comum relembrar da vida, quando se esta morto, mas quando me dei por mim, estava no meio de um cemitério, e a escuridão que já era comum, era muito mais austera, alem do cheiro de morte presente.
O túmulo em pedra acizentada, se destacava pelo desenho de esqueletos, em posições que se entenda por significar versões suicidas, a folhagem seca, dava uma atmosfera misteriosa e tenebrosa, logo a frente uma arvore seca, sem folha nenhuma e sem vida, escondia em sua escuridão, um ser fantasmagórico, ao qual só avistava seus olhos.
Em vez de me espantar, eu fui atraído pela presença do ser.
Quando cheguei perto, o ser se envolveu em chamas frias azuladas, que se espalhava por toda a extensão esquelética do ser, e uma espécie de manto negro se ramificava pelos braços da criatura, alem do rosto que me envolveu em sensações funestas.
Com uma voz, que me parecia um réquiem, se pois a falar.
_ Estou aqui, já que você me chamou!
_Eu?, Não!, Esta enganado ate agora imaginava estar só aqui neste lugar, como poderia chamar por ti, se nem ao menos lhe conheço?_discordei.
_Mas como assim?, não me faça de idiota, você tem me chamado por dias, e aqui estou, mas como me parece que você e desprovido de inteligência, irei me apresentar_ disse com um tom de arrogância na voz, que já era estranha.
_ Sou a morte!_ as chamas de intumesceram, e senti medo pela primeira vez, desde quando cheguei neste lugar.
_Ha!...morte?!_ murmurei tremulo.
_ você veio me levar a algum lugar?_disse meio abismado.
_Ainda não!, Você não esta morto, nem vivo, nem em lugar algum, mas cabe a você descobrir, e escolher o que você quer.
Não entendia mais nada do que se passava, agora imaginava estar em um mundo paralelo, onde deveria vencer um dragão, ou coisa parecida, e voltar ao mundo normal.
_ alias!, Antes de você achar que possa estar em um mundo paralelo fantástico, quero que saiba que esta enganado, aqui não há dragões a serem vencidos, o inimigo, se pode-se chamar assim, já e bem conhecido seu.
_ desculpe!. Mas o que quer dizer com isso?_ perguntei, com uma expressão que misturava espanto, pelo fato de sua capacidade de ler a mente, e curiosidade.
A figura apenas olhou-me, com uma malicia implícita em sua face demoníaca, estendeu as mãos, me entregando um caderno e uma pena.
_tome!. Aqui esta a única companhia que terá neste lugar, um diário, e a cada resposta que obter , redigio nele.
E num piscar de olhos, a morte se escamoteou, deixando no local onde estava, apenas vermes e ossos.
As palavras as morte me deixaram muito mais confuso, mas o diário seria algo que me seria utio, ja que gosto de escrever.
Quando o abri, na pagina inicial, escrevi o titulo que me veio de imediato a mente, ...diario das tragédias.., na hora me perguntei o que significava aquele titulo, mais hoje vejo que ele me foi bem a calhar.

terça-feira, 19 de julho de 2011

PROLOGO-Caminhando ao final



Não preciso de muita coisa para fazer que se cumpra meu destino, imagino o espanto de alguma força superior, ao qual foi responsável por traçar esta bagatela vida, estou a ponto de acabar com sua brincadeira infame.
O ultimo som, um ritmo continuo, denso, esparso por uma banheira branca. Imagino que uma vez, já deixei a vida através do fogo, bom foi o que me disse uma fez uma cigana a mim, que fui queimado numa fogueira como uma bruxa, depois ela me roubou. Mas bem, agora e justificável eu me abster pela água.
Alias isso me faz vir à mente um poema de um escritor americano, citado em vários romances atuais, Robert Frost:
Alguns dizem que o mundo,
Acabara em fogo,
Outros dizem em gelo.
Pelo que provei do desejo
Fico com quem prefere o fogo.
Mas, se tivesse de perecer.
Duas vezes, acho que conheço.
O bastante do ódio
Para saber que a ruína pelo gelo,
Também seria ótima
E bastaria!”
Antes que eu me entregue ao abraço silento da morte, quero que seja informada de que você deu o golpe fatal na minha existência, mas sei que isso não vai lhe abrandar,mas talvez te leve a uma unção.
O som se extingue, e o desejo me toma, e chegada à hora de alcançar a lume no meio da escuridão.
Deito-me no leito ao qual escolho para me esvalecer, e com uma pedra jogada na água, eu afundo, caminhando a morte.